O "Sujeito do Jornal"

Hoje, circulando pelos vagões desse trem, tentei sentir a temperatura junto ao povão sobre o novo filme da série “ O Caso Que Abala o País”, cujo capítulo trata sobre uma guerra civil entre juízes, delegados, ministros, banqueiros e agentes secretos. Perguntei a um passageiro que “LIA” o seu JORNAL sossegado se o “Daniel Dantas deveria ou não estar preso?”, e ele prontamente respondeu indagando e indignado:
-” O Que? outro parente da menina Eloá? Já não chega o pai? Aonde nós vamos parar?”
Eu disse que não, que estava confundindo “xarope” com “cala a sua boca”, e ele dizendo que sobre esse tal Daniel “já tinha ouvido falar, mas que quem conhecia de fato era só o cantor” ( no Brasil, ninguem admite a ignorância sobre qualquer assunto), mesmo assim era totalmente a favor da prisão do cabra, desde que antes fosse liberado o “linchamento” e o “justiçamento”. Quando o assunto evoluiu para a situação do “Protógenes”, ele afirmou já estar ciente, convencido e preparado , mas que tinha um verdadeiro pavor do tal “exame de toque”. Expliquei se tratar de um delegado da PF, etc. e tal e ele ía balançando a cabeça para cima e para baixo só esboçando uma curta e pequena dúvida: “PF ?” e eu, “Sim, Polícia Federal” e ele: “Puliça ?”. Daí para a frente comecei a ficar preocupado com a minha integridade pois para aquele SUJEITO, todo “Juiz” é safado e todos são filhos de uma mesma mãe, e que já “estava esperto fazia era tempo” com esse tal Gilmar Mendes que teria anulado um gol “legítimo” do Botafogo em favor do São Paulo.
-“A comissão de arbitragem desse país é uma vergonha !!!, gritava, é incompetente, comprada e não é de hoje que é são-paulina !!!”
Terminei a conversa concluindo: “É… no Brasil não se fala em outra coisa.“
Então para nos sintonizarmos com o mundo, “colo” aqui, para a reflexão de todos, um comentário colhido na “blogsfera” e que tenta esclarecer um pouquinho esse imbróglio entre a justiça para pobres, ricos, Daniel Dantas, STF, PF, ABIN, Ministério da Justiça e os “mequetrefes” soldados da guerra:

Robson de Oliveira:
Gostaría de dizer que acredíto nas leis, segundo alguns amigos no exterior, o Brasil possue leis ótimas, com algumas exceções, temos um excelente código. O problema são as variadas interpretações que elas abrigam, permitindo que alguns bons advogados consigam corrompê-las constantemente, causando esse tipo de indignação. Veja bem! Ao que me parece, tudo está dentro dos trâmites legais, o Habeas Corpus, os processos contra Protógenes etc. O cidadão brasileiro, que parece não acreditar mais na justíça rápida e implacável que assiste na TV.
No fim da novela o bandido morre, é preso, ou fica louco, essa é a realidade em que o povo acredita…Quando confrontado com a situação real, ele logo pensa, e depois de pensar se revolta com toda a razão. A mídia explora lados tacanhos de uma sociedade que procura esconder essas misérias, dando ênfaze na cobertura de crimes horríveis, em que a polícia prende o bandido, e a justiça é por vezes feita a contento. No entanto quando se trata de noticiar com as câmaras voltadas para a classe mais abastada, onde normalmente se espera desfechos semelhantes, isso se emperra nesses detalhes judiciários.
È de desesperar mesmo. CPI’s são abertas, e políticos investígam políticos, e recebem muito mais por isso. Mandam os resultados, que são barrados, re-analizádos, devolvidos, arquivados, protelados, apelados, reavaliados, e a dança segue até próximo ou da extinção e arquvamento final, ou da consequente prescrição.
Acredito que esse seja o problema de seus leitores (onde também me incluo)
Somente resolvendo essas picuínhas e entraves burocráticos, é que poderemos ter uma noção melhor do que hoje em dia no conceito de certo ou errado!

Muito bem dito “Professor”, obrigado mesmo, aqui no “PTrem”, eu, o Roniquito e o Zé Ruela entendemos tudo direitinho, mas ficamos olhando um para a cara do outro ainda na esperança de que um dia possamos viver para ver um “rico” ir pra cadeia e por lá “mofar” até o fim de sua pena, mesmo tendo que assistir “a banana comendo o macaco” como nesse filme.
Quanto ao “SUJEITO DO JORNAL” eu vi ele lá fora do “trem”, pulando que só uma “guariba”, esbravejando e xingando, ao “juíz” e a todos os “passantes” de qualquer coisa parecida com “Vão tudo pra Satiagraha que os pariu” enquanto empunhava um “porrete” e despedaçava um “orelhão”.
O crime hediondo vai do “orelhão” ao Supremo e passa pelo jornal.